O que vem por aí para a mineração? Reflexões do CIM Connect 2025

O especialista em inovação da Molycop, Dr. Paul Shelley, analisa as principais forças que estão remodelando a indústria de mineração — desde a corrida para descarbonizar e as oportunidades de excelência operacional impulsionadas pela transformação digital até a crescente pressão por cadeias de suprimentos localizadas — e explora o que elas significam para o futuro da estratégia operacional e da inovação.

Fatos principais

  • O setor de mineração está avançando rapidamente em direção à descarbonização, com a transição energética e a redução de emissões emergindo como principais prioridades.
  • A transformação digital está amadurecendo, com tecnologias como gêmeos digitais e análises de dados orientadas por sensores impulsionando a excelência operacional e reduzindo a variabilidade.
  • Uma mudança em direção ao nacionalismo econômico está remodelando as cadeias de suprimentos, com ênfase crescente no conteúdo local, processamento doméstico e parcerias estratégicas.

Logo após sua apresentação na conferência CIM Connect 2025 deste ano em Montreal, o Dr. Paul Shelley, chefe global de inovação da Molycop, falou conosco sobre as principais tendências que afetarão o setor de mineração em 2025 e além.

Você acabou de retornar do CIM Connect 2025. O que mais chamou sua atenção?
O CIM Connect continua sendo um dos fóruns mais importantes para a indústria global de mineração. Com mais de 6.000 participantes, 240 expositores e 230 palestrantes, é onde os principais participantes de toda a cadeia de valor se reúnem para compartilhar, desafiar e colaborar. O tema deste ano – Minerais, Inovação e Transição Energética – abordou diretamente as prioridades do setor: descarbonização, transformação operacional e crescimento sustentável.

A conferência me deu a oportunidade de apresentar meu último artigo – The Grinding Media Carbon Footprint – que é um marco na discussão sobre a pegada de carbono dos meios de moagem para emissões incorporadas e emissões em uso.

Quais foram os principais temas que surgiram na conferência?

A transição energética está em destaque. Há uma urgência crescente em abandonar o fornecimento de energia a diesel e combustíveis fósseis nas minas – embora isso seja especialmente difícil em locais remotos como o norte do Canadá. A discussão mais ampla gira em torno de quatro pilares: acessibilidade, confiabilidade, sustentabilidade e segurança do fornecimento. Essa estrutura está influenciando decisões em toda a cadeia de suprimentos.

Há uma forte narrativa emergindo em torno do nacionalismo econômico. O Canadá está elaborando políticas que priorizam conteúdo local, processamento local e fabricação nacional de aço, baterias e energias renováveis. É uma mudança marcante em relação ao modelo de globalização – e estamos observando de perto.

Do ponto de vista tecnológico, a transformação digital está amadurecendo. Ferramentas como Gêmeos Digitais estão sendo aplicadas de maneiras mais direcionadas e orientadas a valor. O que está surgindo é um novo foco na excelência operacional – e identificar e eliminar a variabilidade está no cerne disso.
Como a Molycop está adaptando suas soluções e serviços para responder a essas tendências?
De várias maneiras:
  • Em primeiro lugar, nossas soluções de controle digital de processos – especialmente as soluções Molycop Technologies (MCT) – estão bem alinhadas às necessidades atuais do mercado: ferramentas comprovadas e confiáveis que auxiliam na tomada de decisões mais eficazes e reduzem a variabilidade. Não se trata mais de experimentação. As mineradoras estão implementando o que funciona, e a Molycop está nesse contexto.
  • Em segundo lugar, estamos vendo mais oportunidades de colaboração de forma mais ampla e estratégica. A ideia de parceria com uma mineradora para codesenvolver uma solução completa – do britador à recuperação – realmente repercute. Ela reúne o portfólio global de produtos e serviços da Molycop de uma forma que gera valor mensurável.
  • Em terceiro lugar, nosso trabalho com sustentabilidade está ganhando força. Apresentamos nosso estudo sobre pegada de carbono para um público de cerca de 60 profissionais do setor, o que gerou uma série de conversas valiosas. Estamos apenas começando a contar nossa história nesse setor e temos muito mais a oferecer – especialmente com o crescente interesse na descarbonização da cadeia de suprimentos.
Há alguma inovação ou parceria de destaque que tenha chamado sua atenção?
Com certeza. Uma que me vem à mente é a colaboração entre a Caterpillar e a Nouveau Monde Graphite (NMG) – um esforço sério rumo à emissão zero de CO₂ por meio do transporte elétrico e autônomo. É um ótimo exemplo de uma OEM e uma mineradora se unindo não apenas para testar, mas para comercializar mudanças significativas.

Também há progresso na tecnologia de sensores, especialmente em caminhões basculantes. A Teck e a Hudbay agora estão usando a tecnologia XRF para analisar o teor do minério na interface pá-caminhão, e isso está tendo um impacto real nos teores de minério. Esse é o tipo de tomada de decisão baseada em dados que reduz o desperdício e melhora a produtividade.

Também observamos novos desenvolvimentos na integração entre mina e moinho, especialmente em relação à solução da lacuna de dados entre o caminhão e o moinho. Empresas como a Orica e a MineSense lideram nesse segmento, e o envolvimento de grandes provedores de nuvem está ajudando a superar os desafios de integração e segurança cibernética.
Quais são as prioridades da Molycop daqui para frente?
Estamos analisando nossas prioridades estratégicas através de algumas lentes:
  • Crescimento digital – Continuaremos desenvolvendo e expandindo nossas ofertas de controle de processos e buscaremos oportunidades de integração em toda a cadeia de valor da mina.
  • Liderança em sustentabilidade – Nosso trabalho de ciclo de vida de meios de moagem é apenas o começo. Estamos construindo dados, sistemas e parcerias para ajudar os clientes a atingir suas metas de emissões.
  • Colaboração com o cliente – Estamos focados em construir parcerias técnicas mais sólidas. A pergunta que fazemos é: como a Molycop pode ajudar a gerar ganhos de desempenho em todo o processo dos nossos clientes?
  • Inovação interna – Vemos a oportunidade de aplicar esses mesmos princípios às nossas próprias operações. Usar IA e aprendizado de máquina para monitorar a variabilidade em nossas fábricas pode gerar ganhos reais em qualidade e eficiência.
Qual é a sua principal conclusão do CIM Connect 2025?
A indústria de mineração está se movendo – rapidamente. A meta de zero emissões líquidas pode não ser alcançável até 2050 em todos os casos, mas o impulso rumo à transformação é real e está se acelerando. A indústria busca parceiros confiáveis que ofereçam não apenas produtos, mas também insights e ações.

A Molycop está pronta para entrar nesse espaço. Com nossa presença global, profundidade técnica e foco no cliente, abraçamos a oportunidade de liderar.

Molycop – Progresso Juntos

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A Molycop Australia, fundada em 1919, é líder com fábricas avançadas em Newcastle, Nova Gales do Sul, e Perth, Austrália Ocidental. Perth também abriga o centro global de otimização de processos e tecnologia digital da Molycop. A Molycop 360, o braço de logística integrada e gestão de resíduos da Molycop Australia, está sediada em Cootamundra, Nova Gales do Sul.

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